segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Uma tímida reflexão e desejo de Felicidade para 2.009!




* Obs: Trata-se de um artigo até longo pelos padrões “internéticos”. Portanto, leiam com calma quando puderem e se quiserem, mas é de mente e coração. Não se trata de “corrente”, nem de piada ou de aviso de um novo “vírus” na “Web”.


“Lá vai ele!!! Correndo, correndo, sem parar...
De pés descalços, camisa de futebol já velhinha e bem puída,
Calção da marca “Elite” com as tarjas laterais já desgastadas...
E seu cabelo liso em corte de “cuia” no melhor estilo “Channel” que as mães costumavam fazer com os filhos na década de 70 (setenta).

Aquele menino subia nos muros das casas, nas árvores (pés de castanholas, azeitonas pretas, mangueiras, pés de jambo, Graviola, goiabeiras), jogava futebol em terreno baldio com a petizada do bairro, tomava banho de chuva embaixo das bicas das casas grandes de esquina, andava de bicicleta (Caloi dobrável vermelha) no meio das ruas ainda sem o asfalto, implicava com os cachorros atrás dos portões de ferro e demorava muito para fazer as tarefas do colégio... E só assim fazendo após “ameaças severas” da mãe que dizia: “Se não fizer o dever de casa, não vai assistir ao Sítio do Pica-Pau Amarelo ao final da tarde!!” Aquilo, de fato, era ameaçador!!! Era um prenúncio de tragédia!!! O sentimento e as viagens (conscientes e inconscientes) que este menino fazia ao assistir o “Sítio” sentado ao sofá diante da tv, tomando bananada com Nescau e comendo “cream cracker” era algo muito mais que transcendental!! Um compromisso inadiável com a leveza d’alma!! Um estágio para a Felicidade!”

Este menino hoje conta com seus trinta e poucos anos de idade e volta e meia busca puxar pela memória este sentimento e sensação gostosa que transcende o sensorial e a leveza... A busca pela felicidade!

Nestes tempos (final de ano) de rememorar os bons sentimentos, os bons presságios, a alegria de viver, de reflexão do que fizemos e ainda temos por fazer..... Somos “bombardeados” pelas mensagens publicitárias que “casam” o consumo extremo com a Felicidade.
“O que faz você feliz?”

Refletindo isso, pensei em escrever uma mensagem aos meus (minhas) querido(a)s amigo(a)s sobre o fim de mais um ciclo e o desejo de renascer, reencarnar, crescer intelectual, moral e espiritualmente.

Escrever algo que despertasse uma fagulha que fosse de felicidade. Aí pensei: O que vem a ser a Felicidade? Coincidentemente, me deparei com leitura do Livro “A felicidade desesperadamente” do Filósofo moderno francês Comte Sponville.

E justamente, neste sentido e após leitura acurada, desejei e desejo falar do sentimento mais amplo que o sentimento da banalidade e da evidência dos “slogans” publicitários.

Pascal afirmou: “Todos os homens procuram ser felizes; isso não tem exceção... E esse o motivo de todas as ações de todos os homens, inclusive dos que vão se enforcar...”. Não desejo aqui fazer um verdadeiro tratado sobre a felicidade e nem utilizar de axiomas vulgares e frágeis. Historicamente, desde a Grécia antiga, todos sabem que a felicidade faz parte dos objetos privilegiados da reflexão filosófica, que é até um dos mais importantes e dos mais constantes. Sócrates ou Platão, Aristóteles ou Epicuro, Spinoza ou Kant, Diderot, etc. O que pretendo é reatar com a velha questão grega e filosófica, a questão da felicidade, da vida boa, da sabedoria.

Penso, influenciado por Comte Sponville, que a resposta que Epicuro estava correto ao dizer: “A filosofia é uma atividade que, por discursos e raciocínios, nos proporciona uma vida feliz”. “Atividade”, “discursos e raciocínios” e “Vida Feliz”! Portanto, ser feliz é pensar, racionalizar, é buscar ser ativo naquilo que faz e arcar com as conseqüências disso.

A felicidade que queremos e almejamos é a felicidade que os gregos chamavam de sabedoria, aquela que é a meta da filosofia, “é uma felicidade que não se obtém por meio de drogas, mentiras, ilusões, diversão efêmeras”... É a felicidade que se obteria em certa relação com a verdade: Uma verdadeira felicidade ou uma felicidade verdadeira. Ser feliz é uma meta, mas, não é uma norma imperativa!

Viver a verdade é o que vale! “Mais vale uma verdadeira tristeza do que uma falsa alegria!” E nisso, nem todos estarão de acordo. Sem dúvida alguma, inúmeras pessoas, ao lerem este pobre artigo, estarão se dizendo que, pensando bem, entre uma verdadeira tristeza e uma falsa alegria, vocês prefeririam a falsa alegria... “Vários, mas não todos”.

“O essencial é não mentir, e antes de qualquer coisa não se mentir. Não se mentir sobre a vida, sobre nós mesmos, sobre a felicidade”.

Vivamos!!

Desejo aos meus(minhas) amigo(a)s todo o sentimento de Felicidade verdadeira! Sentimento de busca com fé na vida, fé no que virá e refletindo em valores certos e calcados em senso crítico!
Que Cristo, Buda, Krishna e os espíritos de luz nos ilumine sempre para o caminho Bem! Que vivamos longe do individualismo globalizado e saibamos confraternizar!!

Um beijo grande em todos!! Feliz ano de 2.009!

Salve o Tricolor Paulista...Amado clube brasileiro..

1977

1986

1991

2006
2007

2008








O São Paulo se firma cada vez mais como o maior vencedor do futebol brasileiro, único, também, tricampeão da Taça Libertadores da América e Mundial.E é o mais jovem dos grandes clubes do país, todos perto ou com mais de 100 anos, enquanto o tricolor completará 75 (setenta e cinco) anos em 2010(dois mil e dez).

Total de pontos ganhos em pontos corridos desde 2003:
1. São Paulo - 448 pontos2. Santos - 406 pontos
3. Cruzeiro - 396 pontos
4. Inter - 394 pontos
5. Goiás - 364 pontos
6. Atlético/PR - 355 pontos
7. Flamengo - 352 pontos
8. Fluminense - 338 pontos
9. Figueirense - 335 pontos
10. Vasco - 317 pontos


Títulos Internacionais

:: Títulos


Títulos Nacionais

:: Títulos
Vamos São Paulo, Vamos São Paulo,
Vamos ser Campeão!!"

Para Maria Laura! Emprestado do Mário Quintana.


AS MENINAZINHAS
"Queridas unhinhas róseas...bocas
de úmida, fresca avidez,
de onde todas as notas loucas,
querem fugir de uma só vez...
Olhinhos de água tão pura
que nada há que os espante...
Sensível narina aflante...
Inquieta mão que procura..
Indeciso quadril, mas já
com aquele femíneo encanto...
Sobrancelhinhas: Um veludo...
Orelhas, dedinhos...Ah,
nem queiras saber tudo quanto
elas prometem à vida...
(Mário Quintana)
*Um feliz Aniversário para a sobrinha Maria Laura!

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Majestoso Edward Hopper!

Edward Hopper Anoitecer em Cape Cod 1939 Óleo sobre tela

Edward Hopper
Cape Code Afternoon
1936

Edward Hopper Summer Evening

Sun in an Empty Room (1963). Private Collection.

Edward Hopper, “Rooms by the Sea”, 1951, Oil on Canvas, 29×40″Yale University Art Gallery
Edward Hopper, Morning Sun.

Edward Hopper - Cape Cod Morning 1950© National Museum of American Art, Smithsonian Institution, Washington DC; Gift from the Sara Roby Foundation Oil on canvas87 x 101.9 cm

Office at Night (1940). Walker Art Center, Minneapolis, Minnesota.



Sunlight in CafeteriaEdward Hopper

Edward Hooper. "Excursion into Philosophy"


Nighthawks (1942). The Art Institute of Chicago.


Lembro-me muito bem!!! A primeira vez que vi a reprodução de “Cape Code Morning” (Cape Code pela manhã) de Edward Hopper ao folhear um livro sobre História da Arte fiquei completamente intrigado, “mexido” internamente, absorto, “perturbado” no melhor sentido que por acaso existir da palavra e me peguei a “viajar” naquela cena onde uma mulher comum, dona de casa com seu vestido laranja, se apóia sobre um móvel de madeira à beira da janela grande ou sacada tomada de vidro e lança seu olhar sobre aquele campo, mato, paisagem tomada de um dia ensolarado e alegre que invade toda a casa e o limite onde a vista pode alcançar...... Me peguei e ainda me pego percorrendo o olhar daquela mulher e imaginando a paisagem à sua frente com pequenas aves e um mar lááá.. ao longe.

Daí para frente não consegui parar de invadir e apurar meu olhar sobre o olhar de Edward Hopper.

Edward Hopper retratava paisagens comuns e típicas do cotidiano Norte-Americano dando ênfase em cores fortes e personagens que em determinados momentos aparentam fortaleza, alegria e em outros instantes, parecem frios, calados e até tomados de solidão interior.

Seus quadros que descrevem meticulosamente a arquitetura americana (fachadas de lojas, lanchonetes, postos de gasolina, campos típicos do interior norte americano) expressam uma dicotomia: Alegria e solidão. Personagens que não se interagem por completo, passageiros que não se comunicam, mulheres com semblantes pensativos. Edward Hopper mostrava o vazio por trás da agitação.

Edward Hopper é considerado um dos maiores pintores realistas do Século XX. Nasceu em 22 de Julho de 1882, na cidade de Nyack-NY, Estados Unidos. Começou sua carreira como ilustrador e em 1899 deciciu ser um artista. Estudou na Escola Nova Iorquina de Ilustração a pedido de seus pais, porém em 1900 transferiu-se para a Escola Nova Iorquina de Arte onde começou a realizar os seus sonhos artísticos. Foi influenciado por Robert Henri (pai do Realismo americano). Quando terminou a Escola de Arte foi para a Europa com sua família. Em 1920 realiza sua primeira exposição individual nos Estados Unidos da América. Em 1929 suas obras entraram para o acervo do Museu de Arte Moderna em Nova Iorque e em 1950 o mesmo Museu reuniu várias de suas obras para uma grande exposição.

Em 1967, Edwar Hopper faleceu deixando para Norte Americanos e para o mundo uma maravilhosa coleção de retratos, paisagens e principalmente a retratação do sentimento norte americano no período pós segunda guerra mundial. Hopper retratou o cotidiano e os costumes, bem como, a paisagem da época.

A exploração dos efeitos das sombras e efeitos de luz estão mais do que presentes em todas as suas telas. Valorizou a arquitetura de uma época, carregou nas cores fortes e vivas contrariando os sentimentos de alguns dos personagens retratados nas telas; valorizou o paisagismo nos lindos campos verdes, amarelos e o relevo das pradarias americanas serviu como fonte de inspiração para o artista. Edward Hopper retratou mulheres ricas/abastadas, mulheres comuns e solitárias, agricultores, frentistas de postos à beira de estradas, campos de trigo, penhascos verdejantes, ventos fortes e intensos, ruas vazias, luzes do sol e luzes da noite (dos bares, dos cafés, das lanchonetes, dos teatros e dos quartos e escritórios).

Em suas pinturas, Hopper prestou especial atenção ao desenho geométrico e ao cuidadoso posicionamento das figuras humanas em bom equilíbrio com seu ambiente. O uso efetivo de luz e sombra para criar humor também é nítido em suas obras. O uso de efeitos de luz e sombra foi comparado com a cinematografia de filme noir francês.

A maior parte destas pinturas retrata uma luz forte e tempo bom. E sem dúvida, além de influenciar diversos cineastas (Alfred Hitchcock, por exemplo), Edward Hopper influenciou o mundo da arte e da cultura pop norte americana e ocidental.

Sua esposa, que faleceu 10 meses depois, deixou em testamento a coleção conjunta de mais de 3000 obras para o Museu Whitney de Arte Americana. Pinturas de Hopper também estão presentes no Museu de Arte Moderna de Nova Iorque, “The Des Moines Art Center, e do Art Institute of Chicago”.

terça-feira, 11 de novembro de 2008


Da série: Meu dono é retardado.





As várias "personas" nossas.


“O Drama para mim está todo nisto: Na convicção que tenho de que cada um de nós julga ser um... O que não é verdade. Tantas quantas possibilidades de ser existem em nós. Um com este, outro com aquele... Diversíssimos. E é na ilusão entretanto, de ser sempre um para todos e ser sempre aquele um, que acreditamos ser em cada ato nosso...”(Pirandello – Seis Personagens a procura de um autor).

Devo lembrar que “personas” eram as máscaras usadas no Teatro Grego para representar tipos e fazer ecoar melhor o som das vozes emitidas pelos atores. Advém do latim. Desta palavra surgiram outras: Pessoa, Personalidade, Personagem e tantas outras. A palavra pessoa vem a ser todo ser Humano (Homem e Mulher). Criatura que provenha da mulher.

Semanticamente podemos dizer que pessoa é categoria gramatical que indica o participante de uma situação, distinguindo emissor (es), destinatário(s), e aquele(s) ou aquilo de que se fala, que são, respectivamente, a primeira, a segunda e a terceira pessoa.

Filosoficamente pode-se dizer que pessoa é cada ser humano considerado na sua individualidade física ou espiritual, portador de qualidades que se atribuem exclusivamente à espécie humana, quais sejam, a racionalidade, a consciência de si, a capacidade de agir conforme fins determinados e o discernimento de valores.

Juridicamente pessoa é o Ser ao qual se atribuem direitos e obrigações. O Ser Humano também é chamado de Pessoa Natural ou Pessoa Física.

Personagem, segundo o eminente professor de nossa língua pátria Aurélio Buarque de Holanda significa: [Do fr. personnage.]S. f. e m. 1. Pessoa notável, eminente, importante; personalidade, pessoa. 2. Cada um dos papéis que figuram numa peça teatral ou filme, e que devem ser encarnados por um ator ou uma atriz; figura dramática. 3. P. ext. Cada uma das pessoas que figuram em uma narrativa, romance, poema ou acontecimento. 4. P. ext. Ser humano representado em uma obra de arte.

E toda pessoa é dotada de personalidade até que um cientista psiquiátrico prove o contrário. Personalidade confunde-se muito com todas as outras palavras já mencionadas. Porém pode-se dizer que personalidade é o caráter ou qualidade do que é pessoal; pessoalidade. É o que determina a individualidade duma pessoa. É o elemento estável da conduta de uma pessoa; sua maneira habitual de ser; aquilo que a distingue de outra. Traços típicos; originalidade.
Psicologicamente pode-se ainda dizer que é a organização constituída por todas as características cognitivas, afetivas, volitivas e físicas de um indivíduo.

Diante disto, pergunta-se: Quantas personalidades temos? Uma? Duas? Muito mais? Conforme trecho do texto de Pirandello eu diria que temos muitas que não sabemos mostrar, dizer e explicitar de forma clara. Basta olharmos para nossa família em uma ocasião especial, como um churrasco de fim de semana, um batizado, aniversário de quinze anos da prima, festa de formatura do irmão, passeio , enfim... Percebe-se muitas vezes um Tio austero, que volta e meia faz discursos para outras pessoas e expressa opiniões sérias sobre a moral e os bons costumes diante dos filhos e sobrinhos e a recriminar qualquer desatino destes descendentes.

Porém, quando sozinhos com amigos numa praia ou mesa de bar, tornam-se desbocados, alegres, piadistas das anedotas mais politicamente incorretas possíveis e dizem palavrões de todas as escalas de tremores. A que isto se deve? O que significa tal postura? É um “porco chovinista”, conforme diria “Fonseca” chefe do movimento feminista da cidade de Uruaú? Hipocrisia? Simplesmente NÃO! Somos vários sujeitos numa só pessoa! E bem sabemos que é deveras difícil juntar esses vários num só. Todos nós somos assim. Nos portamos diferentes em cada lugar e ocasião onde estamos sem perceber. As mulheres então, “xiiii”.... Nem se fala.

Os homens, percebem múltiplas mulheres em uma só: Mudam de comportamento facilmente, conforme for à circunstância; saem do pólo do bom humor para a raiva em segundos conforme for à crise da TPM; Reclamam do preço alto da gasolina, mas são capazes de gastar em um só tacada Duzentos “Paus” numa escova e corte de cabelo; Falam mal da “D. Estelita” que é exibida demais e são capazes de pedir emprestado o vestido da mesma para tirar o molde ...

Muitas mulheres já possuem o discurso preparado de que “todos os homens são iguais, sem sensibilidade, são grossos e que não entendem a alma feminina, etc, etc”. Porém, acham os homens tímidos, sensíveis, românticos e ternos “sem brilho e moles demais!”... Outras ficam em crise quando estão ficando apaixonadas por outro, outra não para de falar em doença quando está com as amigas e outras dizem não agüentar mais olhar para a cara do marido e que gostariam de estar num fantástico hotel com o estivador Norte-americano de braços tatuados (e no dia seguinte ligar para amiga chorando porque está desconfiada de que o marido tem uma amante).

Pode? Pode. E porque não!? Será que quem tem várias personalidades é porque no fundo não tem nenhuma ou, inversamente, é uma pessoa riquíssima mentalmente? Eu sei lá meus amigos! O certo é que, quem pretende ter uma relação estável nos dias de hoje, costuma procurar pessoas que parecem equilibradas e de pensamento tranqüilo frente às questões do cotidiano.

Mas é sempre bom estar preparado para saber que um dia esta pessoa tida como calma e equilibrada tem um outro lado que é o contrário do que sempre pareceu que era. E aí, pode ser isso ótimo ou, péssimo dependendo da revelação. Conviveremos com o outro (ou os outros) lado da pessoa escolhida e amada com ímpeto, magia e tempero ou, estaremos fadados ao sentimento de frustração e decepção.

Existem pessoas que possuem opiniões fechadas para tudo e todos os assuntos e possuem certezas sobre tudo e todos e que não aceitariam tal ciosa ou comportamento do outro.

Estas (penso eu cá com meus “botões”) estão bem mais sujeitas ao sentimento de fracasso. Posto que, não podemos controlar tudo e no fundo queremos pessoas que nos surpreendam na vida. Pense: Você se conhece de verdade? Alguém conhece você a fundo? Não minta.

E assim continuamos a viver, conhecendo novas pessoas, fazendo amigos, criando redes de relacionamento, estudando, trabalhando, casando, tendo filhos... E muitas vezes sem que ninguém tenha a simplória ou mínima idéia de quem é você, quem são elas ou eles e de quem somos nós.

Segundo um amigo meu, o ideal seria cada ser humano ter sua própria “bula” com as devidas contra-indicações ou ter um manual de instruções para o usuário. Mas, na verdade, de repente, cá para nós, se soubéssemos tudo das pessoas, talvez a vida ficasse monótona de ser vivida.Assim, o importante é viver e deixar viver. É expressar aquilo que sente já e agora. Aproveitar tudo de bom que as pessoas podem nos ofertar. É viver com otimismo. Se você tem alguém que pensa ser especial para compartilhar não deixe para depois; e lembre-se que o tempo é igual para todos.

“Portanto, pare de esperar até que você termine a faculdade; até que você volte para a faculdade; até que você perca 5 quilos; até que você ganhe 5 quilos; até que você tenha tido filhos; até que seus filhos tenham saído de casa; até que você se case; até que você se divorcie; até sexta à noite; até segunda de manhã; até que você tenha comprado um carro ou uma casa nova; até que seu carro ou sua casa tenha sido paga; até o próximo verão, outono, inverno; até que você esteja aposentado; até que a sua música toque; até que você tenha terminado seu drink; até que você esteja sóbrio de novo; até que você desencarne (morra)...” (Alfred Henfil).

A DIFÍCIL INTERPRETAÇÃO DO FEMININO!

Parabéns de um São Paulino ao Corintiano!!




Palavras de ANTONIO ROQUE CITADINI:
"Comemorar a ascensão do Corinthians para a primeira divisão é como fazer churrasco quando um primo é solto da cadeia. A gente compra a carne, a cerveja, comemora mas... dá uma vergonha danada dizer o motivo da festa !!!"

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

DAS JANELAS I


Da janela do meu quarto já observei muito o mundo!
Já planejei diversas viagens à Lua e noutras fantasias..
Deitado em minha cama fitando os olhos entre as grades de proteção da janela,
Vivenciei diversos vôos rasantes com meus amigos passarinhos de toda cor que vinham
Saborear os cheiros e os néctares das lindas flores do meu jardim...

Da minha janela, quando criança, me peguei por diversas vezes fixando o olhar na lagartixa que passeava pela parede e parava do nada como estivesse hipnotizada com a brancura larga da parede...Mal sabia ela ( a lagartixa) que sua presença ornamental contrastando naquela parede branca com os galhos verdes do jardim me deixava absorto nos meus sonhos de menino sonhador.

Da janela do meu quarto, sentado na cadeira de estudos, agora na adolescência,
Via-me observando o corredor que dava para o lindo jardim de minha casa,
O balançar das árvores pequenas que se alinhavam com o muro vermelho de casa e
Sentia os cheiros característicos das tardes de inverno.

Da janela do meu quarto,
Conseguia subir por entre os espaços da grade de proteção até o telhado de casa
Onde ficava horas a fio a observar outras janelas de casas vizinhas com suas cores diversas e movimentos diferentes, bem como, ficava a fitar a janelas que se faziam por entre as nuvens do céu com a luz da Lua.

Em pé, ao lado das janelas dos quartos, vivia a brechar o cotidiano alheio e
as curvas das namoradinhas no desabrochar dos seus hormônios.
No andar das ruas avenidas e ruelas,
Vi muitas janelas e cada vez mais me pego fascinado por elas:
Cores, olhares, contornos, grades de proteção, decorativas, contemplativas...
Janelas são olhares abertos para o mundo!

DO AURÉLIO

janela[Do lat. vulg. *januella, dim. de janua, ‘porta’.]
Substantivo feminino
1.Abertura na parede dum edifício para deixar que nele entrem a luz e o ar.2.Claro que fica num do-cumento e corresponde a uma palavra que faltou e se deve escrever. [Cf. (nesta acepç.) abertas.]
3.Anat. Designação genérica de abertura ou área aberta.
4.Art. Gráf. Abertura feita em folha de papel, cartão, etc., protegida ou não por material transparente, para deixar ver o que lhe fica por baixo, como no chamado envelope de janela.
5.Astr. Melhor período para a realização de órbita de transferência (q. v.), com gasto mínimo de energia.
6.Fís. Nucl. Num dispositivo de detecção de partículas, parte da sua envoltória que é suficientemente delgada para permitir a passagem das partículas.
7.Inform. Em interfaces gráficas, região retangular na tela do computador delimitada pela representação de uma moldura, destinada a exibir as informações de um processo em execução. [O uso de várias janelas simultaneamente abertas, que podem ser reposicionadas, redimensionadas e sobrepostas umas às outras, permite ao usuário acompanhar e intervir separadamente nas diferentes tarefas em execução.]
8.Geol. Abertura produzida pela erosão, e que deixa descoberto o substrato de camadas mais antigas.
9.Pop. Qualquer buraco, abertura ou rasgão.
10.Prop. Em gravação de comercial de rádio ou televisão, espaço para inserção ou modificação de áudio e/ou vídeo, sem que seja necessário refazer o resto da gravação.


11.Tip. Furo em fôrma tipográfica, causado por tipo caído ou retirado; broca.
12.Bras. Período de tempo livre no horário de trabalho de um professor ou no horário de aulas de um aluno.  DO WIKIPÉDIA

Uma janela é uma abertura em um elemento de vedação arquitetônica, como uma parede. Ela possibilita a ventilação e insolação dos ambientes internos.

A palavra assumiu diversos significados devido a esta acepção, em geral relacionando-a com a idéia de vazio. Por remeter ao exterior, pode ser considerada como ângulo de visão, pois permite a entrada de elementos como luz e ar, mas também possibilita a extensão do olhar como um indivíduo que não participa da ação observada.
O material transparente normalmente usado nas janelas é o vidro. A placa de vidro que constitui a janela é apoiada por um caixilho de suporte que pode ser confeccionado em diversos materiais, como madeira, ferro, alumínio e PVC. As janelas de PVC têm a especial característica de não necessitarem pintura, não sofrerem com a ação dos cupins (térmitas) e ainda são excelentes isolantes térmicos e acústicos.



Da janela lateral do quarto de dormir
Vejo uma igreja, um sinal de glória
Vejo um muro branco e um vôo, pássaro
Vejo uma grade, um velho sinal....

(Milton Nascimento e Beto Guedes)



Soneto I - A Rua dos Cataventos – MÁRIO QUINTANA

Escrevo diante da janela aberta.
Minha caneta é cor das venezianas:
Verde!… E que leves, lindas filigranas
Desenha o sol na página deserta!

Não sei que paisagista doidivanas
Mistura os tons… acerta… desacerta…
Sempre em busca de nova descoberta,
Vai colorindo as horas quotidianas…

Jogos da luz dançando na folhagem!
Do que eu ia escrever até me esqueço…
Pra que pensar? Também sou da paisagem…

Vago, solúvel no ar, fico sonhando…
E me transmuto… iriso-me… estremeço…
Nos leves dedos que me vão pintando!


(...)

Às vezes sinto aqui, nestas calçadas,O passo amigo de vocês... E então

Não me constranjo de sentir-me alegre,
De amar a vida assim, por mais que ela nos minta...
E no meu romantismo vagabundo


 
(...)
Ao longo das janelas mortas
Meu passo bate as calçadas.
(...)
A minha sede insaciável de não sei o quê,

 
(...) é preciso construir uma torre...
é preciso construir um túnel...
é preciso morrer de puro,puro amor!...
(...)

Uma alegria para sempre
"As coisas que não conseguem ser
olvidadas continuam acontecendo.
Sentimo-las como da primeira vez,
sentimo-las fora do tempo,
nesse mundo do sempre onde as
datas não datam."


(...)

Há bens inalienáveis, há certos momentos que,
ao contrário do que pensas,
fazem parte da tua vida presente
e não do teu passado.