quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

How do you see?


" What you see
of the World
    Depends entirely on
     How you look at it".

Talvez por um instante...

Talvez

Talvez eu não saiba nada.
Talvez eu não saiba realmente nada.
Talvez eu seja presunçoso... Não,
Talvez eu seja presunçoso demais, em demasia, exageradamente muito.
Talvez eu seja um gênio que no fundo eu pense realmente ser,
Talvez eu seja um completo tolo por talvez acreditar naquilo que sinto.
Talvez os desabafos fossem melhores
Talvez eu seja pretensioso,
Talvez este “talvez” seja ridículo ser externado.
Talvez eu seja prévio, preliminarmente introdutório e raso de tão talvez que sou ou eu seja,
Talvez, acreditando em reencarnação - como acredito – eu tenha sido um notável jovem corajoso, pujante, inteligente, sensível e útil para a sociedade parisiense de outrora,
Talvez eu seja curto das ideias e criticado por muitos,
Talvez eu seja impetuoso no falar,
Talvez eu me prive de mim mesmo e da minha melhor parte ou porção,
Talvez eu seja auto-sabotador,
Talvez ninguém me leve a sério,
Talvez eu não saiba se hoje é ontem ou anteontem,
Talvez eu saiba que anteontem é o contrário de “dopodomani” na Itália,
Talvez tudo isso seja combinado e muito provavelmente eu esteja sendo partícipe de um “Reality Show” do Mundo invisível (espiritual),
Talvez tudo isto que vejo agora seja uma miragem ou sejam projeções daquilo que um dia já foi e não é ou está mais;
Talvez o “não” seja aquilo que não pode ser, ou, seja o estar às avessas;
Talvez eu me organizando possa realmente me desorganizar ou desorganizando venha me organizar;
Talvez eu esteja obtendo êxito naquilo que me propus fazer antes de encarnar nesta existência,
Talvez eu não tenha mérito algum em tentar dizer que seja ético ante muitas besteiras que já fiz em tempos que não lembro;
Talvez eu nem ame tanto como creio que AMO todos que comigo estão;
Talvez eu sempre esteja sendo Chato de enfadonho,
Talvez isto seja um processo de “vitimização” de minha parte;
Talvez NÃO!
Talvez SIM!!
Talvez se o zagueiro Oscar tivesse feito aquele gol de cabeça aos 44’ minutos do segundo tempo contra a Seleção italiana na Copa de 82 tudo estaria sendo diferente;
Talvez eu não queira mais assistir aos “Canhões de Navarone” para não perder aquela sensação e impressão causada com os efeitos especiais cravados em minha retina quando criança;
Talvez “A Fantástica Fábrica de Chocolate” do Sr. Wonka realmente exista em outro plano;
Talvez meus devaneios de menino ainda insistentes hoje seja um sinal de que isso é o que vale a pena;
Talvez Nietzsche seja realmente inteligível
Talvez Nietzsche tenha sido médium e tido como doido,
Talvez se eu pudesse me disciplinar em tudo aquilo que acredito ser bom e para o Bem....

Eita!

Talvezzzzzzzziiiiiii....Lá vai a abelhinha!!!

Talvez,
Talvez esta melancolia seja uma preguiça de minha ENORME ALEGRIA DE VIVER CONTIDA SEM SABER BEM O PORQUÊ;
Talvez que cresça bem alegre como imagino que seja
Talvez eu faça minha futura esposa feliz!!
Talvez eu tenha razão.
Talvez POR UM INSTANTE...
Talvez seja a minha VEZ.
Tomara.

sábado, 10 de dezembro de 2011

O fascínio de assistir "Meia noite em Paris".



Definitivamente percebi que confesso hoje que tudo aquilo que de alguma maneira ou forma venha remeter a Paris ou a própria França me interessa. Quando digo “me interessa” falo que paro para ouvir, ler, escutar, refletir, ver, assistir...Enfim, me dou ao trabalho de dedicar um mínimo de tempo sobre o que se trata.

Desde moleque e já cursando a 5ª (quinta) série Ginasial no Colégio 7 de setembro me vi fascinado por História e Geografia. Sempre fui meio “Hiperativo”, mas, quando ouvia algo sobre o “modus vivendi” de determinado povo ou sobre as características de relevo, genética, expressões artísticas de um povo.... Simplesmente parava para ouvir e imaginar.

Das disciplinas escolares que passava por média e obtinha êxito sem qualquer esforço, definitivamente lá estavam História, Geografia, OSPB e Educação Artística.

As cores da bandeira da França, aquela língua extremamente intrigante com um sotaque meio sofisticado, difícil e ao mesmo tempo doce de ouvir, a localização geográfica, as peripécias de seus personagens na História da Arte Universal, bem como, as atitudes de seus Estadistas.... E o papel preponderante deste País na História do Povo Ocidental me fizeram desde a mais tenra idade ficar interessado de prima e de graça sem qualquer outro subterfúgio ou argumento.

Além disso, depois que se lê muito sobre a Gália e após ter o prazer de visitar a Cidade da Luz, torna-se praticamente impossível não ficar absorto por tudo que diga respeito a Voltaire, Rodin, De Gaulle, Moliére, Allan Kardec, Proust, Baudeleire, Monet, Delacroix, Renoir, Marat, Luís XV, Napoleão Bonaparte, Edmond Rostand, Dante, Joana D’Arc, Debret, Lautrec....Enfim.

Após imenso “preâmbulo” sobre a primeira justificativa do interesse pela França, me pego contente de ter visto – somente hoje – o maravilhoso filme “Meia noite em Paris” do portentoso Woody Allen.

Colocado o DVD na gavetinha e apertado o “Play” percebo que o filme acabou rapidamente tamanha a vontade de ver a continuidade daquele escritor – Gil, o personagem principal e alter ego do Diretor – que decide vivenciar a França e imaginar encontros com outros grandes “vultos” franceses.

O filme, logo em sua abertura, passeia pela Cidade Parisiense ao som do clarinetista Sidney Bechet (ídolo musical de Woody Allen). A capital Francesa surge numa sequência de cartões-postais, do nascer ao pôr do sol e em questão de momentos a alegria surge estampada em nosso rosto sem qualquer dificuldade.

O Ator Owen Wilson – aquele loiro de nariz torto - interpreta Gil, roteirista de Hollywood que passa período de férias em Paris com sua noiva Inez (Rachel McAdams) e a família dela. Entre momentos de chatice pela convivência com aquela família “pobre” de espírito, Gil – amante de Paris e dos seus artistas – consegue encontrar uma espécie de “portal do tempo” e conectar-se com ilustres pessoas ligadas a década de 1920: F. Scott Fiztgerald, Ernest Hemingway e Pablo Picasso circulando por ateliês e cafés da cidade.

Paris exerce um fascínio sobre Gil – que adora vê-la sob chuva – fazendo com que viaje nos anos 20 (vinte). Além dos artistas mencionados, também se encontra com o músico Cole Porter, o pintor Pablo Picasso e o cineasta Luis Buñuel, dentre outros que esbarram com o personagem com a naturalidade de um habitual encontro.

“Meia Noite em Paris” consegue ser cômico na melhor acepção da palavra e ao mesmo tempo delicado, tocante e sensível.  A cada badalada que soa na madrugada de Paris, ficamos com a expectativa de conhecermos outros tantos vultos históricos e outras experiências. Impossível não ficar fascinado com Gestrud Stein, por exemplo.

O personagem principal se vê apaixonado pela sensual Adriana (excelente atriz Marion Cotillard), amante de Picasso, ex de Modigliani e Braque. O “túnel ou portal do tempo” parece que serve de pretexto para Woody refletir sobre as ilusões que temos sobre a existência.

Woody menciona ainda de forma espetacular sobre os surrealistas com a visão de rinocerontes e as dúvidas de Brunuel. O filme ainda conta com a participação especial de Carla Bruni (atual primeira dama Francesa). Pelo pouco que conheço e vi sobre Woody Allen, ouso dizer que não seria exagero afirmar que se trata de um dos melhores trabalhos de sua carreira. Foi agradável e gostoso de assistir.