quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Majestoso Edward Hopper!

Edward Hopper Anoitecer em Cape Cod 1939 Óleo sobre tela

Edward Hopper
Cape Code Afternoon
1936

Edward Hopper Summer Evening

Sun in an Empty Room (1963). Private Collection.

Edward Hopper, “Rooms by the Sea”, 1951, Oil on Canvas, 29×40″Yale University Art Gallery
Edward Hopper, Morning Sun.

Edward Hopper - Cape Cod Morning 1950© National Museum of American Art, Smithsonian Institution, Washington DC; Gift from the Sara Roby Foundation Oil on canvas87 x 101.9 cm

Office at Night (1940). Walker Art Center, Minneapolis, Minnesota.



Sunlight in CafeteriaEdward Hopper

Edward Hooper. "Excursion into Philosophy"


Nighthawks (1942). The Art Institute of Chicago.


Lembro-me muito bem!!! A primeira vez que vi a reprodução de “Cape Code Morning” (Cape Code pela manhã) de Edward Hopper ao folhear um livro sobre História da Arte fiquei completamente intrigado, “mexido” internamente, absorto, “perturbado” no melhor sentido que por acaso existir da palavra e me peguei a “viajar” naquela cena onde uma mulher comum, dona de casa com seu vestido laranja, se apóia sobre um móvel de madeira à beira da janela grande ou sacada tomada de vidro e lança seu olhar sobre aquele campo, mato, paisagem tomada de um dia ensolarado e alegre que invade toda a casa e o limite onde a vista pode alcançar...... Me peguei e ainda me pego percorrendo o olhar daquela mulher e imaginando a paisagem à sua frente com pequenas aves e um mar lááá.. ao longe.

Daí para frente não consegui parar de invadir e apurar meu olhar sobre o olhar de Edward Hopper.

Edward Hopper retratava paisagens comuns e típicas do cotidiano Norte-Americano dando ênfase em cores fortes e personagens que em determinados momentos aparentam fortaleza, alegria e em outros instantes, parecem frios, calados e até tomados de solidão interior.

Seus quadros que descrevem meticulosamente a arquitetura americana (fachadas de lojas, lanchonetes, postos de gasolina, campos típicos do interior norte americano) expressam uma dicotomia: Alegria e solidão. Personagens que não se interagem por completo, passageiros que não se comunicam, mulheres com semblantes pensativos. Edward Hopper mostrava o vazio por trás da agitação.

Edward Hopper é considerado um dos maiores pintores realistas do Século XX. Nasceu em 22 de Julho de 1882, na cidade de Nyack-NY, Estados Unidos. Começou sua carreira como ilustrador e em 1899 deciciu ser um artista. Estudou na Escola Nova Iorquina de Ilustração a pedido de seus pais, porém em 1900 transferiu-se para a Escola Nova Iorquina de Arte onde começou a realizar os seus sonhos artísticos. Foi influenciado por Robert Henri (pai do Realismo americano). Quando terminou a Escola de Arte foi para a Europa com sua família. Em 1920 realiza sua primeira exposição individual nos Estados Unidos da América. Em 1929 suas obras entraram para o acervo do Museu de Arte Moderna em Nova Iorque e em 1950 o mesmo Museu reuniu várias de suas obras para uma grande exposição.

Em 1967, Edwar Hopper faleceu deixando para Norte Americanos e para o mundo uma maravilhosa coleção de retratos, paisagens e principalmente a retratação do sentimento norte americano no período pós segunda guerra mundial. Hopper retratou o cotidiano e os costumes, bem como, a paisagem da época.

A exploração dos efeitos das sombras e efeitos de luz estão mais do que presentes em todas as suas telas. Valorizou a arquitetura de uma época, carregou nas cores fortes e vivas contrariando os sentimentos de alguns dos personagens retratados nas telas; valorizou o paisagismo nos lindos campos verdes, amarelos e o relevo das pradarias americanas serviu como fonte de inspiração para o artista. Edward Hopper retratou mulheres ricas/abastadas, mulheres comuns e solitárias, agricultores, frentistas de postos à beira de estradas, campos de trigo, penhascos verdejantes, ventos fortes e intensos, ruas vazias, luzes do sol e luzes da noite (dos bares, dos cafés, das lanchonetes, dos teatros e dos quartos e escritórios).

Em suas pinturas, Hopper prestou especial atenção ao desenho geométrico e ao cuidadoso posicionamento das figuras humanas em bom equilíbrio com seu ambiente. O uso efetivo de luz e sombra para criar humor também é nítido em suas obras. O uso de efeitos de luz e sombra foi comparado com a cinematografia de filme noir francês.

A maior parte destas pinturas retrata uma luz forte e tempo bom. E sem dúvida, além de influenciar diversos cineastas (Alfred Hitchcock, por exemplo), Edward Hopper influenciou o mundo da arte e da cultura pop norte americana e ocidental.

Sua esposa, que faleceu 10 meses depois, deixou em testamento a coleção conjunta de mais de 3000 obras para o Museu Whitney de Arte Americana. Pinturas de Hopper também estão presentes no Museu de Arte Moderna de Nova Iorque, “The Des Moines Art Center, e do Art Institute of Chicago”.

Um comentário:

Anônimo disse...
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