sábado, 10 de dezembro de 2011

O fascínio de assistir "Meia noite em Paris".



Definitivamente percebi que confesso hoje que tudo aquilo que de alguma maneira ou forma venha remeter a Paris ou a própria França me interessa. Quando digo “me interessa” falo que paro para ouvir, ler, escutar, refletir, ver, assistir...Enfim, me dou ao trabalho de dedicar um mínimo de tempo sobre o que se trata.

Desde moleque e já cursando a 5ª (quinta) série Ginasial no Colégio 7 de setembro me vi fascinado por História e Geografia. Sempre fui meio “Hiperativo”, mas, quando ouvia algo sobre o “modus vivendi” de determinado povo ou sobre as características de relevo, genética, expressões artísticas de um povo.... Simplesmente parava para ouvir e imaginar.

Das disciplinas escolares que passava por média e obtinha êxito sem qualquer esforço, definitivamente lá estavam História, Geografia, OSPB e Educação Artística.

As cores da bandeira da França, aquela língua extremamente intrigante com um sotaque meio sofisticado, difícil e ao mesmo tempo doce de ouvir, a localização geográfica, as peripécias de seus personagens na História da Arte Universal, bem como, as atitudes de seus Estadistas.... E o papel preponderante deste País na História do Povo Ocidental me fizeram desde a mais tenra idade ficar interessado de prima e de graça sem qualquer outro subterfúgio ou argumento.

Além disso, depois que se lê muito sobre a Gália e após ter o prazer de visitar a Cidade da Luz, torna-se praticamente impossível não ficar absorto por tudo que diga respeito a Voltaire, Rodin, De Gaulle, Moliére, Allan Kardec, Proust, Baudeleire, Monet, Delacroix, Renoir, Marat, Luís XV, Napoleão Bonaparte, Edmond Rostand, Dante, Joana D’Arc, Debret, Lautrec....Enfim.

Após imenso “preâmbulo” sobre a primeira justificativa do interesse pela França, me pego contente de ter visto – somente hoje – o maravilhoso filme “Meia noite em Paris” do portentoso Woody Allen.

Colocado o DVD na gavetinha e apertado o “Play” percebo que o filme acabou rapidamente tamanha a vontade de ver a continuidade daquele escritor – Gil, o personagem principal e alter ego do Diretor – que decide vivenciar a França e imaginar encontros com outros grandes “vultos” franceses.

O filme, logo em sua abertura, passeia pela Cidade Parisiense ao som do clarinetista Sidney Bechet (ídolo musical de Woody Allen). A capital Francesa surge numa sequência de cartões-postais, do nascer ao pôr do sol e em questão de momentos a alegria surge estampada em nosso rosto sem qualquer dificuldade.

O Ator Owen Wilson – aquele loiro de nariz torto - interpreta Gil, roteirista de Hollywood que passa período de férias em Paris com sua noiva Inez (Rachel McAdams) e a família dela. Entre momentos de chatice pela convivência com aquela família “pobre” de espírito, Gil – amante de Paris e dos seus artistas – consegue encontrar uma espécie de “portal do tempo” e conectar-se com ilustres pessoas ligadas a década de 1920: F. Scott Fiztgerald, Ernest Hemingway e Pablo Picasso circulando por ateliês e cafés da cidade.

Paris exerce um fascínio sobre Gil – que adora vê-la sob chuva – fazendo com que viaje nos anos 20 (vinte). Além dos artistas mencionados, também se encontra com o músico Cole Porter, o pintor Pablo Picasso e o cineasta Luis Buñuel, dentre outros que esbarram com o personagem com a naturalidade de um habitual encontro.

“Meia Noite em Paris” consegue ser cômico na melhor acepção da palavra e ao mesmo tempo delicado, tocante e sensível.  A cada badalada que soa na madrugada de Paris, ficamos com a expectativa de conhecermos outros tantos vultos históricos e outras experiências. Impossível não ficar fascinado com Gestrud Stein, por exemplo.

O personagem principal se vê apaixonado pela sensual Adriana (excelente atriz Marion Cotillard), amante de Picasso, ex de Modigliani e Braque. O “túnel ou portal do tempo” parece que serve de pretexto para Woody refletir sobre as ilusões que temos sobre a existência.

Woody menciona ainda de forma espetacular sobre os surrealistas com a visão de rinocerontes e as dúvidas de Brunuel. O filme ainda conta com a participação especial de Carla Bruni (atual primeira dama Francesa). Pelo pouco que conheço e vi sobre Woody Allen, ouso dizer que não seria exagero afirmar que se trata de um dos melhores trabalhos de sua carreira. Foi agradável e gostoso de assistir.



2 comentários:

Circe disse...

Amigo,

já que curtes o "modus vivendi" dos povos, recomendo (se é que vc já não leu), o livro "Laowai", da Sonia Bridi. Muuuuuuito bom!
p.s.: também adorei meia noite em Paris.
bjs pra família!

Belle disse...

Muito bom esse filme. Agora, vou te dizer, OSPB é o noooooovo! Abraço!