Cada vez mais a imagem tem adquirido uma importância maior no Mundo moderno-contemporâneo, em razão dos intermitentes avanços tecnológicos. Imagem do Latim “imago-inis”, imaginem; no francês, image; no espanhol, imagen; no italiano, immagine; no inglês, image e no alemão, Bild. Etimologicamente a imagem também está associada ao “Belo”.
O dicionário OXFORD (The OXFORD English Dictionary), interpreta a imagem como a representação pela arte; a figura; o retrato. Bem como, formar imagem ótica, refletir, imitar, assemelhar por meio do discurso ou da escrita. Descrever, simbolizar, tipificar.
O século XXI vem dando continuidade à expressão criada ao final do século XX: “Século da imagem”. O significado da imagem foi, no decurso do tempo, ampliado e expandido não somente na fotografia, mas nas obras literárias, científicas e no cotidiano mercadológico. De tal maneira que, cursos universitários como “Marketing”, Publicidade, Cinema, artes visuais e tantos outros surgiram e continuam a expandir em nome da informação rápida através de imagens.
A cada minuto e instante tem-se acelerado o processo de multiplicação dos Direitos, conforme menciona o Professor italiano Noberto Bobbio em seu Livro “A era dos Direitos”: “O que parece fundamental numa época histórica e numa determinada civilização não é fundamental em outras épocas e outras culturas” (A era dos Direitos, tradução de Carlos Nelson Coutinho, RJ: Campus, 1992, p.19). A miscelânea de informações, dos ramos de estudo, a prevalência do aparente, as transformações sociais e o avanço tecnológico, geram exigências inimagináveis na sociedade e trazem consequências boas e outras nem tanto para as relações sociais.
O mundo “Globalizado”, por assim dizer, enriquece o olhar com milhões de janelas que se abrem para o conhecimento e ao mesmo tempo nos faz empobrecer no trato coletivo muitas vezes. O individualismo é forte e torna-se fruto contraditório deste processo de “abertura” do olhar e perspectivas.
Com os avanços tecnológicos a imagem se transformou em sofisticado bem de consumo. Bem sabemos que a imagem de uma pessoa “notória” ou de uma “celebridade” atrelada à um produto pode criar cifras e lucros incomensuráveis para determinadas empresas. De tal maneira que muitas vezes não sabemos o que de fato é vendido: O produto ou a imagem de alguém ou a imagem-conceito atrelada ou a imagem-atributo que pseudamente se obtém. Imagem acaba sendo linguagem.
A discussão a respeito da Imagem é tão abrangente que se torna impossível limitar sua abordagem e análise ao campo do visual propriamente dito e histórico. Podemos focalizar diversas searas como: Jurídica, Econômica, sociológica, antropológica e tantas outras.
E neste compasso, podemos dizer que se a imagem sempre exerceu forte influência nas relações humanas, agora, no mundo pós-moderno e pós-positivista ela exerce funções outras e poderes mais intensos de persuasão.
Podemos mencionar, por exemplo:
1) Na Mitologia Grega, FRINÉIA, que era uma linda cortesã e amante de vários talentos, nascida em Téspia, Região central da Grécia, do Século IV antes de Cristo, foi julgada ante a acusação de ter praticado crime de impiedade / traição. Em pleno Tribunal, seu defensor, Hipérides, antevendo provável condenação de FRINÉIA, decidiu e providenciou que a mesma se despisse em plena arena de julgamento e sua beleza estonteante e simétrica acabou por entorpecer os julgadores que ficaram convencidos de sua inocência.
Relatam alguns historiadores que em outro momento posterior, a bela cortesã serviu de modelo para o artista PRAXÍTELES (Πραξιτέλης - Atenas, 390–330 a.C.), conhecido como o mais famoso dos escultores gregos e de quem a mesma era amante, criasse as estátuas de Afrodite, que é considerada a deusa da beleza e do amor, nascida das marolas do mar (vide Enciclopédia Larousse Cultural, SP, Nova Cultura, V.1, 1995, P.108 / Site da internet: http://www.wikipedia.br/);
2) Na Bíblia, que para buscar demonstrar a ascendência que o homem exerce sobre todas as criaturas da Terra, declara textualmente: “Criou Deus, pois, o Homem à sua imagem; A imagem de Deus criou...” (Gênesis, 1.27). É claro que em termos bíblicos, nada seria mais importante para revelar como o Homem está ligado a Deus, ante o fato de possuírem a mesma imagem;
3) Nas enciclopédias italianas (Enciclopedia italiana di scienze, lettere Ed arti – Instituto Giovanni Treccani, V-18, p.887), vê-se destacar a imagem como representação muitas vezes idealizada, que faz referência à importância que alcançou entre os antigos no culto aos mortos. Tanto que, na Roma antiga as máscaras (maschere-incera di cerae) representavam o “Ius Imagium”, ou seja, um signo de nobreza. Nos funerais as imagens acompanhavam o féretro. E na época imperial as imagens eram esculpidas em materiais preciosos de utilização.
Diversos são os relatos e estudos ao redor do tempo e dos lugares.
Por isso mesmo, mais que um bem de consumo, a imagem é uma expressão da personalidade Humana. E por isso mesmo já protegida juridicamente no mundo inteiro. No Brasil, a Constituição Federal de 1988 deu passo decisivo para proteção e consagração do Chamado Direito de Imagem ou Direito à Imagem. Elencado no rol dos Direitos e Garantias Fundamentais, sendo, portanto, cláusula pétrea. Bem como, no Código Civil Pátrio (Lei 10.406/2002), embora com algumas atecnias e pequena abordagem a Imagem está tutelada e protegida.
A Constituição Federal Brasileira reconhece a imagem física, salvaguardando a integridade física (art.5º , III); Reconhece a Imagem Retrato (art.5º , X) e a imagem qualificação / atributo (art.5º , V), assegurando o direito de resposta, a indenização por dano material, moral ou à imagem.
Aqui fica o pequeno preâmbulo sobre a IMAGEM, seus significados e sua proteção.
O dicionário OXFORD (The OXFORD English Dictionary), interpreta a imagem como a representação pela arte; a figura; o retrato. Bem como, formar imagem ótica, refletir, imitar, assemelhar por meio do discurso ou da escrita. Descrever, simbolizar, tipificar.
O século XXI vem dando continuidade à expressão criada ao final do século XX: “Século da imagem”. O significado da imagem foi, no decurso do tempo, ampliado e expandido não somente na fotografia, mas nas obras literárias, científicas e no cotidiano mercadológico. De tal maneira que, cursos universitários como “Marketing”, Publicidade, Cinema, artes visuais e tantos outros surgiram e continuam a expandir em nome da informação rápida através de imagens.
A cada minuto e instante tem-se acelerado o processo de multiplicação dos Direitos, conforme menciona o Professor italiano Noberto Bobbio em seu Livro “A era dos Direitos”: “O que parece fundamental numa época histórica e numa determinada civilização não é fundamental em outras épocas e outras culturas” (A era dos Direitos, tradução de Carlos Nelson Coutinho, RJ: Campus, 1992, p.19). A miscelânea de informações, dos ramos de estudo, a prevalência do aparente, as transformações sociais e o avanço tecnológico, geram exigências inimagináveis na sociedade e trazem consequências boas e outras nem tanto para as relações sociais.
O mundo “Globalizado”, por assim dizer, enriquece o olhar com milhões de janelas que se abrem para o conhecimento e ao mesmo tempo nos faz empobrecer no trato coletivo muitas vezes. O individualismo é forte e torna-se fruto contraditório deste processo de “abertura” do olhar e perspectivas.
Com os avanços tecnológicos a imagem se transformou em sofisticado bem de consumo. Bem sabemos que a imagem de uma pessoa “notória” ou de uma “celebridade” atrelada à um produto pode criar cifras e lucros incomensuráveis para determinadas empresas. De tal maneira que muitas vezes não sabemos o que de fato é vendido: O produto ou a imagem de alguém ou a imagem-conceito atrelada ou a imagem-atributo que pseudamente se obtém. Imagem acaba sendo linguagem.
A discussão a respeito da Imagem é tão abrangente que se torna impossível limitar sua abordagem e análise ao campo do visual propriamente dito e histórico. Podemos focalizar diversas searas como: Jurídica, Econômica, sociológica, antropológica e tantas outras.
E neste compasso, podemos dizer que se a imagem sempre exerceu forte influência nas relações humanas, agora, no mundo pós-moderno e pós-positivista ela exerce funções outras e poderes mais intensos de persuasão.
Podemos mencionar, por exemplo:
1) Na Mitologia Grega, FRINÉIA, que era uma linda cortesã e amante de vários talentos, nascida em Téspia, Região central da Grécia, do Século IV antes de Cristo, foi julgada ante a acusação de ter praticado crime de impiedade / traição. Em pleno Tribunal, seu defensor, Hipérides, antevendo provável condenação de FRINÉIA, decidiu e providenciou que a mesma se despisse em plena arena de julgamento e sua beleza estonteante e simétrica acabou por entorpecer os julgadores que ficaram convencidos de sua inocência.
Relatam alguns historiadores que em outro momento posterior, a bela cortesã serviu de modelo para o artista PRAXÍTELES (Πραξιτέλης - Atenas, 390–330 a.C.), conhecido como o mais famoso dos escultores gregos e de quem a mesma era amante, criasse as estátuas de Afrodite, que é considerada a deusa da beleza e do amor, nascida das marolas do mar (vide Enciclopédia Larousse Cultural, SP, Nova Cultura, V.1, 1995, P.108 / Site da internet: http://www.wikipedia.br/);
2) Na Bíblia, que para buscar demonstrar a ascendência que o homem exerce sobre todas as criaturas da Terra, declara textualmente: “Criou Deus, pois, o Homem à sua imagem; A imagem de Deus criou...” (Gênesis, 1.27). É claro que em termos bíblicos, nada seria mais importante para revelar como o Homem está ligado a Deus, ante o fato de possuírem a mesma imagem;
3) Nas enciclopédias italianas (Enciclopedia italiana di scienze, lettere Ed arti – Instituto Giovanni Treccani, V-18, p.887), vê-se destacar a imagem como representação muitas vezes idealizada, que faz referência à importância que alcançou entre os antigos no culto aos mortos. Tanto que, na Roma antiga as máscaras (maschere-incera di cerae) representavam o “Ius Imagium”, ou seja, um signo de nobreza. Nos funerais as imagens acompanhavam o féretro. E na época imperial as imagens eram esculpidas em materiais preciosos de utilização.
Diversos são os relatos e estudos ao redor do tempo e dos lugares.
Por isso mesmo, mais que um bem de consumo, a imagem é uma expressão da personalidade Humana. E por isso mesmo já protegida juridicamente no mundo inteiro. No Brasil, a Constituição Federal de 1988 deu passo decisivo para proteção e consagração do Chamado Direito de Imagem ou Direito à Imagem. Elencado no rol dos Direitos e Garantias Fundamentais, sendo, portanto, cláusula pétrea. Bem como, no Código Civil Pátrio (Lei 10.406/2002), embora com algumas atecnias e pequena abordagem a Imagem está tutelada e protegida.
A Constituição Federal Brasileira reconhece a imagem física, salvaguardando a integridade física (art.5º , III); Reconhece a Imagem Retrato (art.5º , X) e a imagem qualificação / atributo (art.5º , V), assegurando o direito de resposta, a indenização por dano material, moral ou à imagem.
Aqui fica o pequeno preâmbulo sobre a IMAGEM, seus significados e sua proteção.
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