"... Uma nota dissona. A dor do amor. Por que dói?O enigma está diante de nós, oferecido: Se sabemos que o amor acaba, por que sofremos tanto ao vê-lo acabar? Por que é tão triste quando um amor acaba?
Por que é inaceitável?
Por que sentimos-nos ludibriados, se nenhum raciocínio ou vivência autorizou a crença da sua perenidade: Por que então nos dilaceramos?
Por que é inaceitável?
Por que sentimos-nos ludibriados, se nenhum raciocínio ou vivência autorizou a crença da sua perenidade: Por que então nos dilaceramos?
(...)
Nada como uma eficiente psicoterapia, outra namorada, uma brisa fresca do mar ou do rio, podem fazer cessar, como se nunca tivesse existido, a dilacerante dor do amor.
" É necessário o AMOR?
Se a dor do amor é tão grande cabe perguntar se um homem deve se expor a isto...
Com a Paixão que tenho pela PAIXÃO, sempre me custou caro o casamento, porque me impedia outras paixões. Sempre quis ser só para poder AMAR. Este é um paradoxo muito comum, em homens e mulheres.
(...)
Existirá mesmo o grande-homem só?Não será o Homem um animal à dois?
Alguém cuja biológica natureza verdadeira é ser parte daquela unidade maior chamada casal?
Se a função das hipóteses é responder paradoxos, esta hipótese tem uma grande vantagem: Explica a dor do amor!
Dói porque falta uma parte. Tanto como doeria se faltasse um braço ou um olho..."
(Trechos do Livro "Duas ou Três coisas que sei Dela, A VIDA" Domingos Oliveira, Ed. Objetiva).
... Também não é preciso que seja um grande amor. Um pequeno, um dos menores - sempre triste. Que dói? Onde dói? Difícil responder, porque dói.. Dói por não ser mais o que era.Dói por tudo que poderia ser, se ainda não fosse, mas não será jamais... Dói a queda do abismo, a retirada do manto do Rei, deixando no lugar o homenzinho tremendo de frio."
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